Registra-se
a chegada do garfo na Europa, em Veneza, em meados do século XI. A princesa
Teodora, filha de Constantino VIII Imperador do Oriente, que veio de
Constantinoplapara casar com o Doge de Veneza Domenico Selvo trouxe um garfo de
ouro com dois dentes, como o qual comia frutas cristalizadas. Pouco depois a
população dessa cosmopolita cidade da época assimilou o garfo. Esse costume se
espalhou para Milão e Florença e daí para o resto da Europa. O talher já era
bem conhecido na Itália do século XV.
Em Portugal,
o uso começou bastante cedo, nas cortes de finais do século XV, princípio do
século XVI. São conhecidos relatos de garfos usados por D. Beatriz, mãe de D.
Manuel I 1 e pelo próprio D. Manuel I, mas de forma casual. O uso de garfos e
facas em conjunto, quotidianamente, é documentado para D. João III. Também a
dinastia Filipina os utilizaria. O uso tornar-se-ia popular com a aristocracia
e alta burguesia em 1836, com a Rainha Maria II, filha de Dom Pedro I do
Brasil, quando seu esposo Fernando II de Portugal (Fernando de
Saxe-Coburgo-Gota) a convenceu a usar o novo talher de forma habitual em
eventos da corte. Entre sua introdução na Europa e o final do século XVII,
surgiu o terceiro dente. O quarto dente teria surgido na segunda metade do
século XVII para atender ao Rei Fernando II das Duas Sicílias (Fernando de
Bourbon), o qual não gostava dos fios longos de espaguete escorregarem nos
garfos de três dentes. Na Inglaterra não chegou antes de meados do século XVII,
trazido pelo viajante Thomas Coryat.
Durante toda
a época colonial brasileira os garfos, que já eram raros em toda a Europa,
praticamente não eram aqui encontrados. Todos, do escravo ao mais rico senhor
de engenho, comiam com as mãos. Seu uso começou a se popularizar apenas no
século XIX.
fonte : wikipedia
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